Ativistas e grupos de imprensa na Venezuela buscam informações sobre o sumiço do jornalista Nelin Escalante, crítico do dólar

“Ativistas da Venezuela denunciam sumiço de jornalista”

Em um cenário cada vez mais alarmante na Venezuela, a comunidade internacional se depara com o desaparecimento de Nelin Escalante, um jornalista independente que se tornou uma voz crítica em relação à alta do dólar no país. Desde sexta-feira, 25 de outubro, Escalante não entra em contato com seus familiares ou colegas de trabalho. O que pode parecer apenas mais um caso isolado, na verdade, é um reflexo preocupante da repressão à liberdade de imprensa e à expressão de opiniões contrárias ao governo.

Contexto do desaparecimento de Escalante

Nelin Escalante é conhecido por sua atuação como jornalista independente, frequentemente utilizando suas redes sociais para discutir a realidade econômica da Venezuela, especialmente os impactos da alta do dólar no cotidiano da população. O último vídeo publicado por ele abordava precisamente essa questão, ressaltando a grave situação que os cidadãos enfrentam com a inflação galopante e a desvalorização da moeda local.

Reações de grupos de imprensa

Após o desaparecimento de Escalante, o Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela (CNP) se manifestou nas redes sociais, relatando que o jornalista estava desaparecido há 48 horas e exigindo sua libertação imediata. A preocupação se intensifica quando se considera que a liberdade de expressão é cada vez mais cerceada em um ambiente político repleto de tensões e censura.

A detenção alegada por autoridades

O sindicato dos trabalhadores da imprensa da Venezuela (SNTP) informou que Escalante foi “levado” por agentes do DGCIM, a Direção Geral de Contrainteligência Militar. Essa informação levanta sérias preocupações sobre a segurança dos jornalistas que se atrevem a criticar o governo. A ONU já havia anteriormente acusado a DGCIM de práticas como prisões arbitrárias e tortura, colocando em xeque a segurança de indivíduos como Escalante.

O impacto da repressão à liberdade de imprensa

A detenção de jornalistas na Venezuela não é um fenômeno novo. Desde a eleição presidencial de 28 de julho, o SNTP documentou pelo menos oito casos de jornalistas detidos. Isso demonstra um padrão sistemático de repressão que visa silenciar vozes críticas e abafar discussões sobre a crise econômica e política do país.

A importância da visibilidade internacional

A situação de Escalante deve ser monitorada de perto por grupos de direitos humanos e pela comunidade internacional. O apoio e a pressão de organizações globais podem ser cruciais para garantir a sua libertação e a proteção de outros jornalistas na Venezuela. A mobilização da opinião pública é essencial para combater essa onda de repressão e promover a liberdade de expressão.

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