Prefeitura de SP aciona Justiça contra a Enel por apagão, exigindo restabelecimento urgente de energia

Apagão sem fim em São Paulo: A batalha da prefeitura contra a Enel

Nos últimos dias, São Paulo enfrentou uma crise de energia elétrica sem precedentes. Após intensas chuvas que deixaram diversas áreas da cidade às escuras, a prefeitura de São Paulo decidiu agir e entrou com uma ação judicial contra a Enel, a concessionária responsável pela distribuição de energia. Mas o que levou a essa medida drástica e quais os impactos para a população?

“Apagão” e suas consequências

A cidade, que já estava acostumada a desafios relacionados ao fornecimento de energia, viu uma nova crise se desenrolar. Quatro dias após as chuvas, cerca de 220 mil imóveis na região metropolitana ainda estavam sem luz. A Enel registrou 147 mil ocorrências apenas na capital e um número significativo em cidades vizinhas como Diadema e São Bernardo do Campo. Essa situação não apenas afetou o dia a dia dos paulistanos, mas também levantou questões sobre a eficiência e responsabilidade da concessionária.

Ação judicial da prefeitura

Na ação protocolada, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) exigiu que a Enel restabelecesse a energia em um prazo de 24 horas. Além disso, a prefeitura estipulou uma multa diária de R$ 200 mil caso a companhia não cumprisse com a determinação. Essa medida radical mostra a urgência e a gravidade da situação, colocando a vida de milhares de cidadãos em risco.

Informações exigidas pela prefeitura

A prefeitura não parou por aí. Na petição, foram solicitadas informações detalhadas sobre o restabelecimento da energia, incluindo:

  • O tempo necessário para a restauração em cada local.
  • O número de equipes de atendimento disponíveis.
  • A composição técnica dessas equipes.
  • A quantidade de atendimentos realizados por cada uma delas.

Esses dados são essenciais para que a gestão municipal possa avaliar a eficiência da Enel e tomar as medidas necessárias para proteger a população.

Criticas à atuação da Enel

As críticas à Enel vão além da falta de energia. A prefeitura também apontou a inércia da concessionária em apresentar um plano de contingência adequado para lidar com situações como essa. Com mais de 225 mil árvores potencialmente em contato com a fiação elétrica, a falta de um manejo preventivo tem sido um ponto de preocupação constante.

Medidas adicionais da prefeitura

Além da ação judicial, a prefeitura de São Paulo já havia enviado ofícios ao Tribunal de Contas da União e à Aneel, solicitando uma fiscalização mais rigorosa do contrato de concessão da Enel. O prefeito Ricardo Nunes até pediu o cancelamento do contrato, evidenciando a insatisfação da administração com a performance da empresa.

O papel da Aneel e auditorias

A Aneel, agência reguladora do setor elétrico, também entrou na dança, prometendo uma auditoria completa para apurar responsabilidades pelo apagão. Essa ação é crucial para que a população entenda não apenas o que ocorreu, mas também quais medidas serão tomadas para evitar que situações similares se repitam no futuro.

Restabelecimento da energia

Apesar da crise, a Enel anunciou que mais de 1,8 milhão de clientes já tiveram a energia restabelecida. A companhia afirmou estar trabalhando incessantemente para normalizar a situação e reforçou suas equipes com técnicos de outras distribuidoras. Essa ação é fundamental para recuperar a confiança da população.

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