Ministro Alexandre Silveira exige soluções rápidas da Enel após apagão em São Paulo e critica governo municipal e Aneel

A Enel sob pressão: um prazo de três dias

Recentemente, São Paulo enfrentou um apagão que deixou mais de 530 mil imóveis sem energia elétrica. Em meio a esse caos, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que a Enel tem apenas três dias para restabelecer o fornecimento de energia. Essa situação ocorreu após fortes chuvas que derrubaram árvores e comprometeram a rede elétrica em diversos bairros da cidade.

A gravidade da situação

As declarações do ministro foram feitas em uma coletiva de imprensa, onde ele destacou a seriedade do problema. Segundo Silveira, a Enel falhou gravemente na comunicação com a população, deixando de fornecer informações claras sobre o restabelecimento da energia. “Ela cometeu grave erro de comunicação”, afirmou. A pressão é alta, e a expectativa da população por uma solução rápida é ainda maior.

O apoio das outras distribuidoras

Para enfrentar essa crise, o Ministério de Minas e Energia espera que outras distribuidoras, como CPFL, EDP, e Light, unam forças com a Enel. Essa colaboração deve aumentar o número de funcionários envolvidos nas operações, de 1.400 para 2.900, mostrando a importância da ação conjunta em momentos de emergência.

Culpas compartilhadas: Nunes e a Prefeitura de São Paulo

Silveira também não poupou críticas ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição. O ministro indicou que a falta de manutenção da infraestrutura urbana, especialmente no que se refere às árvores, é uma responsabilidade compartilhada. “Mais de 50% dos eventos foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão”, explicou, ressaltando a necessidade de uma abordagem mais proativa da prefeitura.

A crítica à Aneel: fiscalização insuficiente

Além de criticar a Enel e a prefeitura, Silveira direcionou suas críticas à Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica. Ele afirmou que a fiscalização do órgão regulador não está à altura da gravidade da situação. Para ele, houve uma “omissão” na atuação da Aneel durante a crise, levantando questionamentos sobre a eficácia da supervisão regulatória em momentos críticos.

A modernização necessária na distribuição de energia

Um dos pontos levantados pelo ministro é a necessidade de modernizar a relação contratual entre as distribuidoras e o poder público. Silveira enfatizou que o Brasil carece de instrumentos adequados para lidar com esses desafios, uma vez que as normas atuais são insuficientes para garantir a qualidade do serviço.

O impacto da redução de pessoal na Enel

Outro aspecto importante que Silveira mencionou é a redução de pessoal pela Enel em meio a um movimento de modernização. Essa decisão, segundo ele, visou aumentar os lucros dos acionistas, mas acabou comprometendo a eficiência no atendimento às demandas da população. “Limitei a distribuição de lucro ao mínimo legal se a distribuidora não apontar soluções objetivas”, destacou.

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