Dezoito marcas de creatina reprovadas em estudo
A Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) fez um levantamento que resultou na reprovação de dezoito marcas de creatina comercializadas no mercado. Este relatório, divulgado em 10 de outubro de 2024, trouxe à tona questões sérias sobre a transparência e a qualidade dos suplementos que muitos atletas e praticantes de atividades físicas consomem diariamente.
O que o estudo revelou?
O estudo comparou as informações constantes no rótulo dos produtos com o conteúdo efetivo nas embalagens, totalizando a verificação de 88 produtos. A revelação mais alarmante foi que dez marcas de creatina, fabricadas por quatro empresas, não continham nenhuma grama de creatina. Essa descoberta é preocupante, especialmente para aqueles que confiam em suplementos para impulsionar seu desempenho.
Por que isso é importante?
Para os consumidores, essa informação é crucial. A creatina é frequentemente utilizada para aumentar a força e a massa muscular, mas o uso de produtos que não contêm a substância pode resultar em desperdício de dinheiro e esforço. Além disso, a falta de fiscalização rigorosa levanta dúvidas sobre a segurança e a eficácia de muitos suplementos disponíveis no mercado.
A legislação em questão
Conforme a legislação vigente, é permitida uma variação de até 20% entre a indicação da quantidade de creatina e sua presença efetiva no produto. No entanto, a quantidade zero é inaceitável, e os consumidores têm o direito de exigir produtos que cumpram com o que prometem. Essa margem de erro é uma forma de proteger os fabricantes, mas a situação atual evidencia que essa margem pode ser explorada indevidamente.
Categorias de aprovação
O laudo da Abenutri classificou os produtos em cinco categorias, de acordo com a porcentagem de creatina presente. Das 88 marcas analisadas, 48 foram aprovadas na faixa de 0% a 5%, enquanto outras 13 foram aprovadas nas categorias de 5,1% a 10% e 10,1% a 20%. Isso significa que, embora haja marcas que cumpram os padrões, a alta taxa de reprovação deve acender um alerta entre os consumidores.
Reações do mercado
As reações não tardaram a chegar. Os fabricantes envolvidos já entraram com medidas judiciais contra a divulgação dos resultados do estudo, alegando que a Abenutri não levou em consideração fatores que poderiam ter influenciado os resultados. Essa tensão entre a indústria e as entidades reguladoras é comum, mas os consumidores devem estar atentos às informações que podem afetar diretamente sua saúde e bem-estar.
Deixe um comentário