Descubra como um seguro pode proteger o salário milionário de atletas como Memphis Depay no Corinthians

Corinthians e Depay: A Situação Atual

Recentemente, o Corinthians contratou o jogador neerlandês Memphis Depay com um patrocínio milionário da empresa Esportes da Sorte. No entanto, essa parceria se tornou incerta devido a questões regulatórias que podem afetar a continuidade da operação da patrocinadora no Brasil. O valor do contrato de patrocínio é de impressionantes R$ 309 milhões por três anos, uma quantia que inclui a contratação do jogador de destaque. Mas, o que acontece se a Esportes da Sorte não conseguir regularizar sua situação?

A situação atual levanta uma questão crucial: como o Corinthians pode garantir o pagamento do alto salário de Depay se a patrocinadora não puder cumprir com seus compromissos financeiros? Uma das soluções discutidas seria a contratação de um seguro que cobrisse essa despesa. No entanto, essa proposta foi rejeitada pela diretoria do clube, revelando as dificuldades que existem nesse mercado.

A Resistência ao Seguro no Brasil

De acordo com Liciane Luz, corretora de seguros especializada no ramo esportivo, a decisão do Corinthians de não contratar um seguro reflete a complexidade e a resistência que as seguradoras nacionais têm em assumir riscos elevados. O que se observa é uma limitação das coberturas disponíveis, que geralmente focam em invalidez e morte, mas não abordam lacunas como a incapacidade temporária ou a perda de receita de patrocínio.

A falta de compreensão sobre a importância de seguros mais abrangentes leva os clubes a subestimar esses produtos como ferramentas estratégicas. Isso resulta em clubes, como o Corinthians, assumindo riscos financeiros significativos que podem comprometer sua competitividade e segurança financeira.

Como Funciona o Seguro para Atletas?

Os seguros contratados por clubes de futebol para proteger seus atletas costumam cobrir várias situações, mas também têm limitações. As coberturas mais comuns incluem:

  • Morte: indenização para os beneficiários legais em caso de falecimento do atleta.
  • Invalidez permanente: pagamento em caso de invalidez laborativa permanente total por acidente, proporcionando suporte financeiro ao atleta ou seus dependentes.

Contudo, existem exclusões significativas, como a ausência de cobertura para diárias de incapacidade temporária, o que significa que os clubes não recebem indenizações enquanto um atleta estiver impossibilitado de atuar temporariamente.

O Custo do Seguro

O custo para a aquisição do seguro geralmente é proporcional ao salário dos jogadores. O valor da cobertura é calculado com base em múltiplos salariais, o que significa que quanto maior o salário do atleta, maior será o capital segurado e, consequentemente, maior será o prêmio do seguro.

Além do salário, outros fatores que influenciam o custo incluem o perfil do jogador, idade, histórico de lesões e tipo de cobertura contratada. Atletas mais velhos ou com um histórico de lesões podem ter custos mais altos para a aquisição do seguro devido ao risco aumentado, enquanto a fama do atleta não impacta o preço.

A Conscientização sobre Proteção Jurídica e Financeira

Nos últimos anos, a conscientização sobre a importância da proteção jurídica e financeira no esporte tem crescido, em parte devido a exigências legais, como a Lei Geral do Esporte, que obriga a contratação de seguro de vida e acidentes pessoais para atletas. Nas negociações comuns no futebol, é frequente que contratos de cessão temporária ou pré-contratos exijam garantias em caso de morte ou invalidez do atleta.

Apesar dos avanços, os clubes brasileiros ainda têm um longo caminho a percorrer em comparação com as práticas internacionais. Em outros países, muitos contratos incluem proteções contra perda de receita devido a lesões e seguros de imagem, que garantem compensações financeiras em caso de diminuição da capacidade do atleta de gerar receita.

Práticas de Seguro em Outros Países

No exterior, é comum que as apólices de seguro cubram tanto lesões quanto a performance dos jogadores. Isso permite compensações financeiras por ausências em competições importantes, algo que ainda é raridade no Brasil. Por exemplo, muitos times nos EUA protegem seus investimentos em jogadores com seguros que cobrem salários e os impactos financeiros decorrentes da presença do atleta em campo.

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