Em 2024, 26 pessoas trans foram eleitas em câmaras municipais do Brasil. Confira a lista e o que isso representa para a sociedade

O Contexto das Eleições de 2024

Em um cenário de crescente diversidade e inclusão, as eleições de 2024 trouxeram uma nova esperança para a representatividade da comunidade trans no Brasil. Segundo um balanço da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pelo menos 26 pessoas trans foram eleitas para as câmaras municipais, um número que, embora celebrável, ainda é inferior às 30 pessoas eleitas em 2020.

O Que Significa Esse Número?

A eleição de 26 pessoas trans é um avanço significativo, considerando que a luta por direitos e representatividade está em constante evolução. Das mais de 600 candidaturas que surgiram, o fato de 26 terem conseguido se eleger ou ser reeleitas é um reflexo do crescente espaço político conquistado por essa comunidade, embora ainda haja muito a ser feito.

Quem São os Eleitos?

Entre os eleitos, destacam-se nomes como Amanda Paschoal, de São Paulo, e Thabatta Pimenta, de Natal. A lista completa inclui figuras como:

  1. Amanda Paschoal – São Paulo/SP
  2. Thabatta Pimenta – Natal/RB
  3. Regininha – Rio Grande/RS (Reeleita)
  4. Isabelly Carvalho – Limeira/SP (Reeleita)
  5. Benny Briolly – Niterói/RJ (Reeleita)
  6. Thammy Miranda – São Paulo/SP (Reeleito)
  7. Edy Oliveira – Paramoti/CE
  8. Natasha Ferreira – Porto Alegre/RS
  9. Kará Marcia – Natividade/RJ (Reeleita)
  10. Atena Beauvoir – Porto Alegre/RS
  11. Filipa Brunelli – Araraquara/SP (Reeleita)
  12. Juhlia Santos – Belo Horizonte/MG
  13. Carla Basil – Jundiaí/SP
  14. Tieta Melo – São Joaquim da Barra/SP (Reeleita)
  15. Dandara – Patrocínio Paulista/SP
  16. Yasmin Prestes – Entre-Ijuís/RS
  17. Myrella Soares – Bariri/SP (Reeleita)
  18. Fernanda Carrara – Piraju/SP (Reeleita)
  19. Flávia Carreiro – Itaguajé/PR
  20. Monica de Assis – Turiaçu/MA
  21. Dricka Lima – Campo Novo do Parecis/MT
  22. Giovami Maciel – Moema/MG
  23. Pamella Araujo – Sobral/CE
  24. Sabrina Sassa – São Sebastião da Grama/SP
  25. Marcela Lins – Santo Antônio do Amparo/MG
  26. Co-Vereadora Bruna do Há Braços de Luta – Piranguinho/MG

A Luta pela Representatividade

O fato de que a maioria dos eleitos pertence a cidades do interior, com forte representação de partidos progressistas, ressalta a importância de criar espaços inclusivos. Muitas dessas candidaturas foram lideradas por mulheres trans e travestis, destacando também a presença de candidatos negros, o que enriquece ainda mais a diversidade no cenário político.

Dados Ausentes e a Importância da Visibilidade

Um ponto crítico levantado pela Antra é a ausência de dados sobre pessoas não binárias e intersexo no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A associação apontou que muitas pessoas que se identificam como trans o fazem de forma equivocada, evidenciando a necessidade de mais educação e visibilidade sobre a diversidade de identidades de gênero.

O Papel da Comunidade e das Candidaturas Progressistas

É crucial entender que o avanço na representatividade de pessoas trans e travestis não é apenas uma vitória individual, mas um reflexo do trabalho coletivo e da luta contínua da comunidade LGBT+. Os partidos progressistas têm um papel vital na promoção de candidaturas que realmente representem a diversidade da sociedade, buscando a equidade nas esferas políticas.

Caminhos para o Futuro

Enquanto celebramos a eleição de 26 pessoas trans, devemos lembrar que a jornada ainda está longe de ser concluída. As eleições de 2024 são um passo, mas a luta por direitos e igualdade deve continuar. A visibilidade e a representatividade são fundamentais para inspirar futuras gerações e criar um ambiente político mais inclusivo.

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