Filhos de Cid Moreira pedem inventário após sua morte; entenda a disputa familiar que vem desde 2021

Abertura de inventário: O pedido dos filhos

Na quinta-feira, dia 3 de outubro de 2024, Roger e Rodrigo, os filhos de Cid Moreira, formalizaram o pedido de abertura de inventário. Segundo informações da revista Veja e do portal UOL, os filhos afirmaram não ter certeza se o apresentador deixou um testamento. Este questionamento é crucial, pois um testamento pode definir a destinação dos bens e a repartição da herança.

No documento apresentado, os filhos mencionam que o pai possuía diversos bens, incluindo imóveis e direitos autorais, além de contas bancárias e investimentos. Esse patrimônio poderia ser significativo, considerando a carreira de sucesso de Cid Moreira, que se estendeu por várias décadas.

Uma disputa familiar que se arrasta desde 2021

A briga familiar se intensificou em 2021, quando Roger e Rodrigo entraram na Justiça para pedir a interdição de Cid Moreira. Eles alegaram que a esposa do apresentador, Fátima Sampaio Moreira, estaria dilapidando o patrimônio do marido, uma acusação grave que, se confirmada, teria implicações legais sérias.

Fátima, por sua vez, foi acusada de transferir mais de R$ 40 milhões de bens de Cid para suas contas e para a de parentes, além de vender 11 dos 18 imóveis pertencentes ao apresentador. Essa situação gerou uma enorme tensão familiar e um debate público sobre a proteção de pessoas idosas e suas propriedades.

Causas da discordância entre os filhos e Cid Moreira

A questão que permeia toda essa polêmica é a alegação de que a senilidade de Cid poderia ter sido explorada por Fátima. Os filhos sustentam que a esposa do apresentador agiu de maneira “ilegal e abusiva”. Este é um ponto delicado, pois envolve não apenas questões financeiras, mas também o bem-estar e os direitos de uma pessoa idosa.

Cid Moreira, em diversas entrevistas, conseguiu comprovar sua sanidade mental e afirmou que seus filhos estavam motivados por interesses financeiros. Ele expressou seu descontentamento, afirmando que sentia vergonha de Roger e Rodrigo por suas ações.

O papel do Ministério Público

Em 2023, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) interveio no caso. Após visitar a casa de Cid, o MP concluiu que ele não sofria maus-tratos e pediu o arquivamento do processo movido pelos filhos. O promotor responsável pelo caso afirmou que não havia evidências suficientes para sustentar as denúncias. Essa intervenção mudou o rumo da disputa, favorecendo a posição de Cid e de sua esposa.

Deserdação: A reação de Cid Moreira

Após as intervenções do MP, Cid Moreira anunciou que pretendia “deserdar os dois filhos”, citando injúria como a razão. Ele mencionou especificamente Roger, seu sobrinho adotivo, que foi acolhido pela família aos 14 anos. Essa intenção de deserdação acentuou ainda mais as divisões familiares, gerando um clima de tensão e mágoa que pode ser difícil de reverter.

Os bens de Cid Moreira: Um legado valioso

Os bens de Cid Moreira são um tema central nessa disputa. Além de sua longa carreira como jornalista e apresentador, ele acumulou um patrimônio considerável. A avaliação de seus bens e direitos autorais será uma parte crucial do processo de abertura de inventário, especialmente considerando o valor emocional e financeiro que eles representam.

As questões de herança são sempre delicadas, mas no caso de Cid, elas se tornaram ainda mais complexas devido à publicização da briga familiar e à luta pela preservação de seus direitos e dignidade.

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