Voepass demite diretores e muda comando quase dois meses após acidente em SP
A recente demissão de diretores da Voepass tem chamado a atenção do setor aéreo e do público em geral. Após a queda de um avião que resultou na trágica morte de 62 pessoas, a companhia aérea anunciou uma significativa reestruturação em sua liderança. O que isso significa para a empresa e para a segurança da aviação no Brasil? Vamos explorar os detalhes e as implicações dessas mudanças.
Mudanças na liderança da Voepass
Nesta quarta-feira (25), a Voepass revelou a demissão dos diretores responsáveis pelas áreas de manutenção, segurança operacional e operações. Entre os desligados estão Eric Cônsoli, David Faria e Marcel Moura, que ocupavam respectivamente as diretorias de Manutenção, Segurança Operacional e Operações. Essa decisão reflete uma tentativa de renovação e fortalecimento da governança na companhia.
Novos diretores assumem posições-chave
A nova equipe de liderança já foi definida: Carlos Alberto Costa assume a direção de Manutenção, trazendo consigo uma experiência acumulada desde 2022. Diego Hangai, um veterano na empresa desde 2011, agora liderará a Segurança Operacional. A Operações ficará sob a responsabilidade do comandante Raphael Limongi. Essas mudanças visam garantir que as operações futuras da Voepass sejam mais seguras e eficazes.
José Luiz Felício Filho à frente da gestão executiva
Uma das mudanças mais significativas é a ascensão de José Luiz Felício Filho, que agora liderará a gestão executiva da Voepass, além de continuar à frente das operações. Como filho do fundador José Felício, ele traz um conhecimento profundo da cultura e dos desafios da empresa. Sua experiência como comandante mais antigo da companhia promete um foco renovado na segurança e na qualidade do serviço.
Eduardo Busch assume novo papel
Outra mudança relevante envolve Eduardo Busch, que, após exercer o cargo de CEO da Voepass, passará a atuar como diretor jurídico. Essa transição é significativa, pois o cargo de CEO será extinto, enfatizando uma nova abordagem gerencial que pode melhorar a eficácia da operação.
Impacto da tragédia no setor aéreo
As mudanças na Voepass ocorrem em um momento crítico, quase dois meses após a queda de um ATR-72 em Vinhedo (SP). A tragédia, que deixou 62 mortos, levantou questões sérias sobre a segurança aérea no Brasil. Um relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira destacou que uma falha no sistema antigelo da aeronave foi mencionada pelo piloto Danilo Santos Romano.
O que esperar do futuro da Voepass?
As reformas na liderança da Voepass são apenas o começo de um processo necessário de renovação. O foco agora é garantir que as lições aprendidas com a tragédia se traduzam em melhorias práticas nas operações e na segurança da aviação. A nova equipe de diretores terá a missão de restaurar a confiança do público e assegurar que tais incidentes não se repitam.
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