Ato por Liberdade Religiosa: A Primeira Grande Ação de Macaé Evaristo
No último domingo (15), a Praia de Copacabana foi palco de um evento marcante: a 17ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Este evento, tradicionalmente realizado no terceiro fim de semana de setembro, recebeu uma atenção especial este ano ao contar com a presença de Macaé Evaristo, recém-nomeada ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania. A participação da ministra não apenas destacou seu compromisso com a liberdade religiosa, mas também ofereceu uma visão abrangente sobre o papel das políticas públicas na promoção da igualdade e da justiça social.
O Compromisso de Macaé Evaristo com a Liberdade Religiosa
A Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa é mais do que uma simples manifestação; é um poderoso símbolo de unidade e respeito entre diferentes crenças. Macaé Evaristo, com sua nova posição de destaque, utilizou a ocasião para enfatizar a importância da igualdade e da justiça social. Em suas palavras, a ministra destacou que a redução das desigualdades é o maior desafio enfrentado pelo país. Sua presença na caminhada reforça o compromisso do governo com uma agenda de inclusão e respeito aos direitos humanos.
A Mobilização e o Propósito do Evento
Tradicionalmente, o evento reúne praticantes de diversas religiões para uma marcha ao longo da orla de Copacabana. Este ano, a marcha serviu como um chamado à paz e uma denúncia contra a intolerância e o racismo. A caminhada, promovida pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) e pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR), destaca a luta contínua contra a intolerância religiosa e o racismo. Ambas as entidades têm desempenhado um papel crucial na promoção da diversidade e do respeito inter-religioso no Brasil.
O Papel das Entidades Organizadoras
O Ceap, fundado em 1989, e a CCIR, criada em 2008, são responsáveis por convocar a caminhada anualmente. O Ceap tem se dedicado à promoção da cultura negra como uma forma de combater o racismo e a intolerância religiosa, enquanto a CCIR, inicialmente formada por praticantes de umbanda e candomblé, hoje inclui representantes de diversas crenças. Estas organizações têm sido fundamentais para a manutenção da diversidade religiosa e a promoção da equidade no Brasil.
A História de Macaé Evaristo e Seu Compromisso com a Inclusão
Macaé Evaristo, que anteriormente atuava como deputada estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, trouxe uma trajetória rica em experiências para seu novo papel. Com 20 anos de experiência em escolas públicas em comunidades vulneráveis de Belo Horizonte, sua compreensão das questões sociais e sua dedicação à educação e ao bem-estar das crianças e idosos são um reflexo de seu compromisso com a justiça social. Evaristo destacou que a sua presença na caminhada não é apenas sobre a liberdade religiosa, mas também sobre uma luta mais ampla contra a fome, a desigualdade e a necessidade de uma política de cuidado.
A Importância da Diversidade na Caminhada
Apesar da ampla representação de religões de matriz africana no evento, a diversidade foi um tema central. A programação incluiu apresentações de grupos culturais umbandistas, candomblecistas, católicos e evangélicos, entre outros. A presença de representantes de tradições religiosas menos expressivas no país, como o budismo e o judaísmo, também contribuiu para a riqueza e a profundidade do evento. Este aspecto do evento reflete a ideia de que a fé deve unir, não dividir.
Homenagens e Reconhecimentos
O evento não se limitou apenas à caminhada; também incluiu homenagens a figuras importantes na luta pela paz e pela justiça. A homenagem à professora Darci da Penha, que faleceu recentemente, e tributos a outras lideranças religiosas, como a quilombola Mãe Bernadete, são exemplos do reconhecimento contínuo do legado de indivíduos que lutaram pela igualdade e pelo respeito.
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