Marina Silva e a Nova Autoridade Climática
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, revelou planos empolgantes para a criação de uma nova Autoridade Climática que promete ser um bastião na luta contra as mudanças climáticas no Brasil. Em uma coletiva de imprensa realizada no Rio de Janeiro, Silva destacou a importância de uma instituição que possa resistir às mudanças de governo e garantir a continuidade das políticas ambientais essenciais.
O Papel da Autoridade Climática
A Autoridade Climática será equipada com o suporte de um comitê técnico-científico composto pelo que há de melhor na ciência brasileira. O objetivo é garantir que as decisões e políticas adotadas sejam fundamentadas em conhecimento sólido e atual. Silva sublinhou que a autoridade não será apenas uma instituição robusta em termos de estrutura, mas sim em sua capacidade de articular e implementar estratégias eficazes para enfrentar os desafios climáticos.
Resiliência e Independência
Durante seu pronunciamento, Silva enfatizou que a nova Autoridade Climática deve ser capaz de sobreviver às alternâncias de poder típicas das democracias. “Queremos uma instituição que seja suficientemente robusta, não em tamanho, mas em qualidade”, afirmou. Essa abordagem busca garantir que a autoridade possa continuar a desempenhar seu papel crucial independentemente das mudanças políticas.
Compromissos do Governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também reforçou a importância da criação da Autoridade Climática durante sua visita a Manaus. Em sua declaração, Lula destacou a necessidade de enfrentar eventos climáticos extremos que estão se tornando cada vez mais frequentes. A nova instituição será parte de um esforço mais amplo para articular ações e implementar medidas eficazes contra a crise climática.
Desafios Climáticos Atuais
Silva destacou a gravidade dos eventos climáticos extremos que o Brasil enfrenta atualmente. De acordo com a ministra, a combinação de altas temperaturas, baixa umidade e incêndios florestais está criando um cenário preocupante. “Tem uma química perversa que se complementa neste momento”, observou. A Autoridade Climática terá a tarefa de abordar esses desafios de maneira proativa e eficaz.
Medidas Contra Incêndios
Um dos focos da nova Autoridade Climática será lidar com o aumento dos incêndios florestais. Silva ressaltou a importância de penas mais severas para quem provoca incêndios criminosos e mencionou que já há 32 inquéritos investigando a origem criminosa desses incêndios. Além disso, o governo está preparando medidas para enfrentar a seca e a baixa umidade relativa do ar que afetam diversas regiões do país.
O Futuro da Autoridade Climática
Silva também comentou sobre a necessidade de uma abordagem de longo prazo para a Autoridade Climática. Segundo ela, o problema das mudanças climáticas deveria ter começado a ser resolvido em 1992, quando cientistas alertaram sobre o aquecimento global. A ministra reiterou que o governo está se preparando para essa emergência climática desde a transição no final de 2022 e que é crucial adotar medidas efetivas para proteger os recursos naturais e enfrentar os desafios futuros.
Exploração de Petróleo na Foz do Amazonas
Em relação à exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, Silva mencionou que essa é uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A ministra garantiu que o Ibama analisará os aspectos ambientais do empreendimento. A Autoridade Climática será responsável por garantir que qualquer exploração ocorra de maneira sustentável e responsável.
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