Pela segunda vez, candidatos negros superam brancos nas eleições, com 52,7% das candidaturas

Candidatos Negros Superam Brancos nas Eleições: O Marco Histórico de 2024

A eleição deste ano está fazendo história! Pela segunda vez na história das eleições municipais no Brasil, candidatos negros e pardos superaram os brancos em número de candidaturas. Essa mudança significativa marca um avanço no cenário político brasileiro, refletindo uma crescente representatividade das comunidades negras.

O Crescimento das Candidaturas Negras

Em 2024, a Justiça Eleitoral registrou um impressionante total de 240.587 candidatos negros, somando pretos e pardos, o que representa 52,7% do total de candidaturas. Este é um aumento notável em relação a 2022, quando a participação de candidatos negros foi de 50,2%. Em comparação com 2018, quando a taxa era de 46,4%, o crescimento é ainda mais evidente.

Comparativo com Anos Anteriores

Este avanço na representatividade não é um fenômeno isolado. Em 2022, as candidaturas de candidatos negros já haviam superado as de brancos, mas agora, a diferença é ainda mais pronunciada. A eleição de 2018 mostrou uma participação menor, refletindo uma evolução gradual, mas consistente, na presença de candidatos negros no cenário político.

O Papel das Mulheres na Política

Entre os 456.310 pedidos de registro de candidatura neste ano, 155 mil são de mulheres, correspondendo a 33,96% do total. A distribuição de recursos e a representação das mulheres também estão ganhando destaque, com a legislação exigindo que pelo menos 30% dos recursos das campanhas sejam destinados a candidaturas femininas.

Partidos e Candidaturas Negras: Um Mapa de Distribuição

O partido que se destaca em termos de percentual de candidaturas negras é o PCdoB, com 70,19% de suas candidatas e 73,4% dos seus candidatos se declarando negros. Em contraste, o Novo apresenta o maior percentual de mulheres não negras candidatas (58,06%), enquanto o PL tem a maior taxa de homens não negros candidatos (56,4%).

A Influência das Novas Regras

Recentemente, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece a aplicação de 30% dos recursos públicos em campanhas eleitorais para candidaturas negras. Essa medida visa garantir uma distribuição mais equitativa dos fundos eleitorais, embora possa levar a uma redução proporcional dos recursos para essas candidaturas.

O Papel do TSE e do IBGE na Classificação

A classificação das candidaturas é feita com base na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que inclui como candidatos negros aqueles que se identificam como pardos ou pretos. Segundo o Censo 2022, 56,1% da população brasileira se declara negra, refletindo a diversidade e a crescente influência desse grupo na política.

Conclusão: Avanços e Desafios

O aumento na participação de candidatos negros é um passo significativo para a representatividade e a diversidade no cenário político brasileiro. A superação das candidaturas brancas é um reflexo das mudanças sociais e das lutas por equidade que estão moldando o país. No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados para garantir que essa representatividade se traduza em mudanças reais e duradouras na política.

A implementação de novas regras e a alocação de recursos são passos importantes, mas é essencial que esses avanços sejam acompanhados de políticas eficazes que promovam a verdadeira inclusão e a justiça social. O futuro político do Brasil parece promissor com a crescente diversidade, mas a jornada para uma representatividade completa e equitativa continua.

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